quinta-feira

Seria Maria?

Maria está acordada?
Não. Maria Dorme
Se dorme Maria,
você a acordaria?
Talvez,
mas seria Estupidez.

e se Maria fosse Fernanda?
não seria Amanda
mas Maria seria Fernanda
se não fosse Maria Fernanda

Maria puxa-pano
puxa pano e não quer chupeta
porque seria careta
careta que comove
a quem se envolve

Maria já acorda
com toda corda
de quem precisa
e nem avisa


Raphael Borsoi Saullo



Existir

Morro do parapente, Miguel Pereira - RJ

Existem pessoas que não gostam de ver fotos repetidas, 
existem pessoas que não se importam com isto,
existem pessoas que gostam de dicas, 
outras gostam de receitas porque gostam de fazer de sua cozinha uma "oficina de testes culinários"
existem pessoas que amam chocolate
existem pessoas que não gostam muito do mesmo
existem pessoas calmas
existem pessoas briguentas
existem pessoas que fazem rapidamente um amigo, outras demoram anos para conquistar algum
existem pessoas que sabem se expressar melhor no papel,
outras não conseguem dizer o que pensam escrevendo
Mas o importante é nos lembrarmos somente de uma coisa: "somos seres únicos"! não existe ninguém igual a gente, com nossas qualidades e defeitos.
Por isto, aprendí a gostar primeiro de mim, para depois gostar dos outros. Gosto de opiniões, críticas, sugestões, sei lidar com elas, mas, existem pessoas que não sabem lidar com as mesmas. Enfim, vivemos num mundo onde existe complexidade, somos complexos, cheios de surpresas e de atitudes que às vezes nem imaginamos que poderíamos ter.
É importante saber analisar a atitude do outro, porque nos faz pensar determinada coisa, gostar ou não, nossa, tô muito "pensativa" hoje!!!!!! hehehehehe gosto das diferenças!! E viva o diferente!! e viva o chocolate! e viva às novas amizades aqui da página! beijo a todos!


sexta-feira

O pensar

Pensar, ato simples de pensar
a vida se inicia através do pensamento,
pensamento e percepção
percepção do meio.

Meio, força da natureza
natureza primitiva,
primitivo é o pensamento,
palavras primitivas.

Pensamentos isolados,
isolados na música,
música de tambores,
raiz, base.
Base do pensamento.


Raphael Borsoi Saullo

sábado

Emergentes

???? emergem em todo o Brasil
Fortalecendo o elo do hip hop, a cultura artística.
São eruditos terroristas com tabelas periódicas
Contendo combinações químicas perigosas,
Receitas pra explosivos, bombas bacteriológicas.
Atacam os blocos de gelo da sociedade,
Degelam concepções hipócritas.
MCs coletam espécies microrgânicas
Que se hospedam no pensamento, patogenicamente.
Colocam a negatividade em recipientes,
Reciclam as células mortas transmutando informação pra mente.
Há. Os microrganismos são mensagens subliminares
Emitidas por meios de comunicação.
atravessa através do seu campo energético e toca no chakra do seu coração.
Palavras terapêuticas que aliviam o nervosismo e a tensão.
O raciocínio é um músculo, por isso devo e devemos fazer flexão.
Enrijecendo nossa lógica, alongando nosso vocabulário inteiro.
Há. Se flexionam os verbos, quero flexionar verbos certeiros.
Do topo do crânio à falange dos dedos dos pés.
Vem cá que vou te contar um segredo:
Parece que trinta por cento dos brasileiros sofrem de estresse e insônia.
Imagine em Moçambique, Albânia.
Onde o terreno chia e o solo queima em chamas.
Rimas infâmias, como a imagem de salvem sua alcatéia.
Como o descaso do governo à plebéia rude.
Jogando com os planetas como bolas de gude.
MCs catequizam as massas com sua magnitude.

Catequizo as massas como Mahatma Ghandi,
Minhas rimas se alastram e se abrangem como as teorias de Darwin.
Incito a polêmica nos diferentes setores da sociedade.
Controverso e conflitante.
Intelectualmente combativo como Karl Max.
Minhas estrofes são esplêndidas como uma pedra de ônix.
Minha verve e a vanguarda influenciam variadas vertentes de pensamentos
Como a filosofia de Comte. Positivista.
Decepo o negativo como a guilhotina da Bastilha
E a incontrolável força desta invasão.
Meu clã é drástico com a concorrência.
É como o inverno russo que dizimou a tropa de Napoleão.
Genocídio verbal. Hecatombe poética.
Holocausto ????. distinção dialética.
Flexione o vocabulário com disposição atlética.
Não anabolizo os meus líricos.
Minhas letras são naturais como alimentação de acetas.
A classe alta e média me odeiam, pois sou muito negro pra ela.
Os pobres me odeiam, pois sou mauricinho demais pra eles.
As minas me odeiam, pois eu sou um seqüela.
Sou um inimigo público com cérebro complexo de Stephen Hawking
E retórica de Mandela.
Refinado demais pra monarquia da Inglaterra.
Demasiado rústico pra favela.
Conceda-me um microfone e um beat
Que sou mais complexo do que Aristóteles, Sócrates ou Nietzsche.
Minha linhagem geométrica elucida a platéia
Em linhas iluminadas e ecléticas. Há.

Rap altiloqüente. Dissemino minha dialética como verdade consciente a cada ente.
Usando minha pena pra sentenciar hipócritas na sociedade.
Como Neruda, um poeta combatente.
Guerrilha lírica, irrechaçável. Versos inflamáveis
Como bombas Napalm ou tropas em série.
Como caças jauger bombardeio com verve.
Rimas ???? entram na epiderme.
Seu corpo ferve, pois a sílaba intravenosa aquece a hemoglobina,
Te causa febre. Alucinações lhe aparecem.
Como uma overdose de ordem lisérgica.
Que suspendem além da órbita terrestre.
Como um satélite monitorando a Terra,
Meus olhos são como a estação da Mir,
As rimas são porvir como profecias da Nova Era.
Amigo, eu faço meu bagulho a Vera,
Pois o tempo não espera por ninguém, nem mesmo por Cronos, na Grécia.
Sou um indivíduo, um MC que estréia.
Nas células do meu físico sou como as estrelas de Cassiopéia.
Que o introduz à Odisséia lírica. Guiando seu espírito pela expedição onírica.
e com um diluviio abstrato como um quadro de Chagal.
O surreal é possível e o invisível, real.
Onde a palavra pode ser letal, e a granada gramatical causa uma avalanche sintática.
Frases mudadas como caças da Arábia lançando ogivas rimáticas, nucleares.
fuminante como a explosão de gases solares.
Trágicas como aids. Drásticas como a invasão de Palestinos na Faixa de Gaza.

Por Mahal.

quinta-feira

Gerações de um solo macio


Ó, Oceano das gaivotas
Meus dreads acompanham o vento
O que o governante diz eu não sei,
Mas Ele vive.
Cumplicidade das asas que ondulam no ar.
Como as próprias sonoras do Mar.
Meus pais já ouviam esse som
Eu agora os percebo sublime.
Efeito mola da água na areia.
Sinto meus pés e cada fagulha
Em tão destemido caminho...
E caminho.
E repito...
Até mais um paraíso final de tarde de Verão.

Felipe Borsoi Saullo
“Importante é ir dormir sem se preocupar, mesmo sabendo que serão poucas as horas de sono. Ao acordar, imagine ter dormido horas a fio.”

Felipe B. Saullo

“Escreva suas idéias, para que não se percam no pensamento. São mais fáceis de guardar e transmitir, desta maneira.”

Felipe B. Saullo


“Alguns significados não são preciso saber, pois mais vale a imaginação. Se os soubéssemos, de que valeria imaginar? Muitas vezes assim, as coisas funcionam da mesma maneira (sabendo ou não).”

Felipe B. Saullo

Que bicho é o homem?



“A flor murcha para dar lugar a outra forma de vida. As poças secam para dar espaço a chuva. As árvores caem mortas, mas permitem que a Luz faça crescer as regenerações. E o homem, que também faz parte da natureza?”

Felipe B. Saullo

“O homem se complica quando não diz o que é natural de si mesmo. As vezes ele se esconde para que passem e não o percebam, mesmo nas mais insignificantes situações. Ao mesmo tempo, isso pode ser paradoxal, por também ser natural se esconder. Evitar uma derrota, entrando num esconderijo, pode fazer parte de uma estratégia para o seu bem estar mas, ao mesmo tempo, o domina pelo egoísmo. O homem é hipócrita desde a sua existência, porque é impossível ele não entrar em contradição com suas idéias no decorrer da vida. Com isso, aprendemos. O tempo nos transforma e nos faz aprender com cada atitude praticada ou observada. Cada gesto, pelo que quer que seja, é importante para enriquecer e criticar as nossas atitudes e alheias.”


Felipe B. Saullo

segunda-feira

Falta da presença

Não penso em nada, nada me vem em mente.
Apenas vejo, vejo a lua crescente, o céu, muitas estrelas, uma cadente.
Carente de pedidos, carente de desejos, nada me vem em mente.
Não quero dinheiro, não quero pertences.
O que quero, se quer posso ver em minha frente.
Se pudesse sentir mais uma vez, talvez fosse suficiente.
Séra que as estrelas atendem pedidos silenciosos, desejos inconscientes?
Será que as estrelas entendem o nada que me veio em mente?

Leonardo Freire...
"A importância da leitura se dá pela abstração do pensamento. A abstração da construção se dá a escrita do pensamento."

Felipe B. Saullo
"O Silêncio é o melhor coadjuvante do poeta. Mesmo que músico, o poeta necessita do silêncio, pois nele jamais haverá influência das nossas vogais e consoates fonéticas. Se o tal as permitisse, não seria ele o silêncio, seria já uma melodia."

Felipe Borsoi Saullo
As voltas são tantas
Mas um dia tudo pára
Seu disfarce é estampa
Seriedade que esconde sorriso
Lamento insistir em observar
Não há motivos maiores
Não há preces
Não há motivos jamais que um encanto.
Talvez, mais um engano
Prepotência visual
Mas bom mesmo é sonhar
Enquanto pisas no chão
Vôo pelas idéias.

domingo

Materialismo

Quando nasci, derramei lágrimas em cumprimento à vida. Quando morrer, derramarão lágrimas por mim.

Felipe B. Saullo

Nosso Lar

A Terra é a nossa casa. Ao entrar, tire os sapatos e lave as mãos! Não esqueça de retirar o lixo e mantê-la sempre limpa e agradável, pois é onde nós domimos.

Felipe B. Saullo

Dia-a-dia

Meu bem, é presente!
Melhor meu futuro.
Nada é deserto,
Tampouco escuro.
Descenda, decente, contente, aprenda.
Desvire, bata, lute, misture e fuincione.
Não há mal a pensar,
Pois espaço não faltará.
Então, som haverá,
Silêncio jamais.
Ele nos diz:
-Estar sempre a cantar!
Na ausência dos demais,
Como sempre, Feliz!

Felipe B. Saullo

Terra de Vera Cruz

Como um coração atômico de Mãe,
Uma parede viva,
Se divide.
(Simulando o desencaixe de um cinto).
Um Desnó.
O Corte da raíz,
Por uma corte mais feliz.
O desembarque.
E os pés descalsos, só observam...
Depois, nasce falésia.
No chão, nos corações,
E na alma dos invadidos.


Felipe B. Saullo

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