quarta-feira

Árvore sem raízes


Dai a revolta aos que lutam pela liberdade
Deixem que a ira tome os frágeis inimigos.
A má força e a angústia, por pensarem que são o que não são.
A miséria é alimentada com a fome,
condiz com o ato dos que pensam em vão.
A riqueza, é vislumbrada como o poder,
enquanto isso, se enganam quanto ao tamanho da penúria.
O nada, se faz...
O tudo, acaba virando apenas sonhos em imagem.
Se cada um fizesse sua parte,
todos fariam por todos.
Ainda assim sou feliz, porque amo.
Amo a vida e, nela, sempre amarei.
Não serão reis que irão nos derrubar,
pois o tempo não passa insciente.
Acreditarei apenas e eternamente no amor infinito.
Num mundo de idéias cada vez mais dispersas,

onde se tenta buscar a Paz,

mas não acaba-se com as Guerras.

Felipe Borsoi Saullo

Melodia

Da música surgiu o alicerce
Que despertou a existência

E a idéia de criar.

Até mesmo as mais novas notas,

Outrora ancoradas nos sonhos

E que jamais emanavam na alvorada,

Se puseram a apresentar.

Com auxílio pleno de um sono profundo,

Cessou-se o vazio.

Amotinados com o tédio,

E com desejo de vida.

Fez-se Luz, e

Ao som da harmonia,

Nasceu a Terra.

Ensinaram aos pássaros

Algumas melodias.

Cantos por todos os cantos.

Simples melodias

Que espalharam-se ao ar

Em uma nota só.

Que, todavia,

Por toda existência ecoam.

Das plumas nebulosas

Às águas abissais.

Colinas, desertos, montanhas e planícies.

Aos seres da terra,

Os fizeram caminhantes.

Andarilhos e compositores

De sinfonias, vales e rios.

Desde o farfalhar das copas

À uma gota que, ao cair,

Divide-se sutilmente no firmamento.

No leito, sensibilizou-se um rio,

Sua foz:

Realizou o Mar.

Estuários, jorraram vida

E assim se perdem na existência,

Mas se reencontram na história.

Concedidas as melodias,

Fez-se realizar o Mundo.

E, diante de tantos criadores,

Nasceu o Sol.

Para que,

Em notas de luz,

Mantivesse suas obras na Terra.

E tão complexo o é.

Pois de um ponto apenas,

Administra a vida em toda geóide.

Trazendo a luz à escuridão.

Das noites, com dó,

Sumonaram a lua.

E junto com as estrelas,

Perduram no céu, eternas.

Estrelas se fizeram do orvalho

Que reluz ao Sol de cada manhã

E para a aurora do dia,

Deram-se pássaros.

Enquanto na noite,

Raios de Sol desapontam,

Fatalmente,

Ao acaso.

Felipe Borsoi Saullo

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